sexta-feira, 12 de abril de 2013

Gabriel, o corajoso: entre erros e acertos, jovem se destaca na crise Titular nos últimos quatro jogos, meia-atacante chama a atenção pela regularidade e ousadia, mesmo diante de jogadas mal sucedidas



Por Cahê MotaRio de Janeiro
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Gabriel flamengo bangu (Foto: Ide Gomes / Agência Estado)Gabriel: coragem para arriscar as jogadas num
Fla em crise (Foto: Ide Gomes / Agência Estado)
Gabriel pode ainda não ter sido brilhante, pode não ter levado o Flamengo às semifinais da Taça Rio, pode até mesmo ser apontado como "cru" para a importância que já passou a ter na equipe. Um ponto, porém, não pode ser colocado em questão: a ousadia do ex-jogador do Bahia. Com a coragem como característica mais latente, o meia-atacante é um dos poucos que tem agradado a torcedores e dirigentes na temporada. Titular nas últimas quatro partidas, marcou apenas um gol, mas não seria exagero falar que foi o principal responsável pelas jogadas ofensivas do Rubro-Negro no período. Resultado de uma postura imune a efeitos de erros ou acerto
Descoberto em uma pelada em Salvador já aos 19 anos, Gabriel não fez categorias de base. O histórico, por sua vez, não inibe o jovem de 23 anos. Chute nas arquibancadas ou para dentro do gol, como na derrota para o Audax, não mudam sua teoria de que não se deve pecar por omissão.
- Acredito que só vai acertar quem tenta. Levo isso comigo sempre. Os treinadores que tive sempre confiaram muito em mim. Se não tentar, não vou conseguir. É errando que se ganha confiança. Vou tentar sempre. Erro, vou para cima, perco a bola, volto para marcar. Felizmente, passei por dois clubes onde sempre tive muita cobrança. Nunca tive medo. Prefiro errar tentando do que chegar e falar que não consegui porque não arrisquei - observou.
É errando que se ganha confiança. Vou tentar sempre. Erro, vou para cima, perco a bola, volto para marcar. Nunca tive medo. Prefiro errar tentando do que chegar e falar que não consegui porque não arrisquei"
Gabriel, meia-atacante do Flamengo
Após ser contratado, Gabriel precisou esperar um mês para debutar pelo Fla. Isso porque o clube preparou um trabalho à parte para o reforço adquirir massa muscular. Da estreia diante do Olaria, na última rodada da fase de grupo da Taça Guanabara, até hoje, foram oito atuações: quatro como titular e quatro como reserva. O curto período como membro efetivo da equipe não o impediu de ser uma das principais vozes do elenco. Dificilmente o jogador passa uma semana sem conceder entrevista coletiva, seja em momento de crise ou não. Mais um reflexo de sua coragem.
Questionado se o panorama para o Brasileirão é perigoso para o clube, Gabriel disse que não. Relembrando o início da temporada, ele evitou pânico por conta dos recentes maus resultados.
- No início do ano, também estava assim. Diziam que o grupo era fraco, mas tiramos força e mostramos nossa qualidade. Temos que manter a pegada. Acredito muito no Flamengo.
Escalado como titular desde a segunda partida de Jorginho, o meia-atacante elogiou o treinador e o defendeu das recentes críticas do torcedor, que cobra padrão de jogo ao time.
- Leva um tempo (para adaptar), né? O estilo do Jorginho me agrada muito, de trabalho em campo reduzido, tentar sair das jogadas com mais dificuldades. Quando tiver mais espaço, o jogador pensa rápido. O grupo está assimilando aos poucos - defendeu.
Com Gabriel em campo, o Flamengo encara o Fluminense, domingo, às 18h30m (de Brasília), em Volta Redonda, em seu penúltimo compromisso pelo Campeonato Carioca. E o torcedor que for ao Raulino de Oliveira tem uma certeza: verá Gabriel a todo instante com a bola.

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